sábado, 6 de agosto de 2011

Polícia investiga quadrilha em Tomé-Açu

Polícia investiga quadrilha em Tomé-Açu

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Polícia investiga quadrilha em Tomé-Açu (Foto: Polícia Civil)
(Foto: Polícia Civil)
A Polícia Civil de Tomé-Açu, nordeste paraense, investiga o paradeiro de integrantes de uma quadrilha de assaltantes que age na região. Do grupo de quatro bandidos, dois já estão recolhidos à disposição da Justiça. Um deles é Erinaldo Dias Caiena, 22 anos, de apelido “Erinho”, natural da cidade de Acará, foi preso junto com um adolescente de 17 anos. Ambos foram detidos por policiais militares do Destacamento da PM local. No momento da detenção, os dois estavam em atitudes suspeitas próximo ao estádio de futebol do município. Os policiais foram acionados por moradores da área, que suspeitaram dos acusados. No momento da abordagem, os policiais encontraram com o adolescente uma pistola de calibre .40, de propriedade da Polícia Civil do Pará. A arma estava carregada com oito cartuchos.

Ambos foram conduzidos até a presença do delegado Fábio Veloso de Castro, titular da Delegacia de Tomé-Açu. Ao policial civil, os dois confessaram que pretendiam praticar um assalto contra um marchante na região, pois receberam informação de que a vítima receberia alta soma em dinheiro em um açougue.

De acordo com o delegado, outros dois integrantes do bando fugiram do município depois da prisão de “Erinho” e da apreensão do adolescente. Um dos fugitivos seria responsável em dar fuga aos comparsas após o roubo. “Preferimos não revelar os nomes dos suspeitos, uma vez que o sigilo é crucial para as investigações e futura prisão dos envolvidos”, explica Fábio de Castro. Ainda, segundo o delegado, o adolescente responderá por porte de arma de fogo de uso restrito e formação de quadrilha. “Erinho” é foragido da Comarca de Acará, onde responde processo criminal por roubo. Suspeito de integrar quadrilha responsável por roubos na rodovia PA-140, entre Bujaru e Tomé-Açu, ele vai responder por formação de quadrilha e corrupção de menor de idade. (Polícia Civil)

Japão produz chocolate feito com cacau de Tomé-Açu

Japão produz chocolate feito com cacau de Tomé-Açu
"O governador do Pará será o primeiro a provar um chocolate produzido no Japão, com cacau paraense, direto de Tomé-Açu. Os japoneses ainda não estão sabendo dessa novidade, mas o governador já sabe", declarou o cônsul geral do Japão, Ryozo Myoi, no encontro com o governador Simão Jatene na tarde desta segunda-feira (24), no Palácio dos Despachos.

O cônsul explicou que o chocolate apresentado ao governador foi produzido pela Meiji, uma das maiores empresas do ramo no Japão. O produto, que só será lançado naquele país em março de 2012, foi feito com cacau importado do município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará, onde é produzido em sistema agroflorestal.

Simão Jatene pediu mais detalhes sobre a exportação de cacau e afirmou que o governo do Estado sempre estará disponível para fazer projetos com a comunidade japonesa. "A relação do Pará com a comunidade japonesa vai além da produção. É uma relação historicamente bonita. Existem algumas regiões do Estado onde nós temos muito nítida a presença de japoneses. Tomé-Açu é um exemplo. Temos muito o que trocar e aprender com essa cultura milenar, que é muito rica", ressaltou.

O secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, enfatizou a importância do sistema agroflorestal, que tem contribuído para o aumento da geração de emprego e renda em Tomé-Açu. "Recentemente, tive uma reunião na Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq) e falamos sobre a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta). Temos interesse em investir na cooperativa, para produzirmos em escala maior o cacau exportado para o Japão", finalizou.

Cacau - A exportação de amêndoas de cacau de Tomé-Açu para o Japão aumenta a cada ano. Em 2010, foram exportadas cerca de 150 toneladas do fruto. Para 2011, a estimativa é chegar a 180 toneladas. Já para 2012 a meta da Camta é produzir 200 toneladas por ano. "O chocolate produzido no Japão é de altíssima qualidade, por isso a matéria prima também precisa ser. O Pará tem se aperfeiçoado cada vez mais na técnica de produção do cacau e tem grandes chances de aumentar consideravelmente a exportação", concluiu Ryozo Myoi.

O cônsul estava acompanhado de Akira Kusunoki, Fernando Yamada, Yuji Ikuta, Takuo Koyama, Takoshi Nakamura, Francisco Sakaguchi e Zenji Uchiyma. Além de Hildegardo Nunes, o encontro teve a participação do secretário de Estado de Governo, Sérgio Leão. (Secom)
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Ok, grande iniciativa. Mas só eu ainda fico meio paranóica com isso?
Honestamente, não confio em negócios que trocam/cedem biodiversidade com orientais desde o episódio do cupuaçu. Vocês ainda lembram, certo?
Mas, para o bem dos nosso pequenos/médio/ grandes exportadores de Cacau espero que eles não adicionem "cupulate" e tentem patentear o cacau desta vez. xD

HISTORIA DE TOME- AÇU

Os primeiros habitantes da região do Rio Acará-Mirim foram identificados como Tembé, cujas tribos cultivavam uma agricultura de subsistência. Faziam parte da nação Tenetehara, que em tupi guarani significa: “nós somos gente verdadeira”, os quais partilhavam com os índios Guajará do Estado do Maranhão a mesma língua e tradição culturais.

O primeiro homem branco que ocupou o território de Tomé-Açu foi o português José Maria de Carvalho, que também foi o primeiro comerciante de madeira na foz do Igarapé Tomé-Açu, sendo atualmente Fazenda Tomé-Açu. Logo após o comércio madeireiro chegou o Sr. Agapito Joaquim de Cristo, que adquiriu, por aforamento, o terreno onde hoje está localizada a cidade de Tomé-Açu, que naquela época foi denominada de Fazenda Bela Vista.

A chegada dos primeiros colonos japoneses
Segundo Violeta Loureiro, na sua construção da História Social e Econômica da Amazônia, refere-se que, no ano de 1926, se dirigiu ao Pará um grupo de cientistas japoneses que tinham como missão localizar áreas nas quais pudessem ser instaladas colônias agrícolas e, a partir delas, dinamizar a economia através do desenvolvimento de culturas, assim como de práticas modernas de cultivo.

O resultado do trabalho levou à identificação de áreas no Estado do Amazonas (em Manacapuru) e no Estado do Pará (Baixo Amazonas, Santarém e Tomé-Açu).

Com a implantação da Companhia Nipônica de Plantação do Brasil em 1929, a Fazenda Bela foi vendida à Companhia Nipônica, que instalou na Fazenda Bela Vista a Administração Central da Companhia, quando chegaram os primeiros colonos japoneses (42 famílias, num total de 189 pessoas) as mesmas que, amparadas por certo volume de capital, assim como por uma tradição milenar na agricultura, ficaram instaladas no lugar.

No início as famílias plantavam arroz e hortaliças, aonde encontraram o desafio de escoar a produção.

No ano de 1933 houve uma fatalidade, de forma a ter reflexos na comunidade japonesa de Tomé-Açu, após a morte de uma imigrante a caminho do Brasil o navio com imigrantes japoneses teve de aportar em Cingapura, o chefe da embarcação comprou 20 mudas de pimenta-do-reino, que viria a ser chamado de "diamante negro" da Amazônia. Através dos imigrantes japoneses Tomé-Açu tornou-se então o maior produtor mundial de pimenta-do-reino, onde cinco mil toneladas eram colhidas por ano, após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo após a decadência da pimenta-do-reino, hoje, Tomé-açu contínua sendo a maior produtora brasileira da especiaria.

Mesmo suas plantações sendo atacadas pela fusariose, os japoneses não desitiram da pimenta-do-reino, combateram a doença, mas isso abriu oportunidades para os imigrantes japoneses começarem o cultivo de outras culturas tropicais, como a açaí, também chamado de "diamante negro", onde o Pará se destaca como principal produtor da fruta. O crescimento das exportações do açaí foi de tal forma que chegou a despertar atenção de grandes jornais como o francês “Le Monde” e o norte-americano “The New York Times”.

Através dos japoneses a região também se tranformou na maio produtora brasileira de acerola do Brasil. Sendo na região do Nordeste Paraense a principal refêrencia.

Também pela decadência da pimenta-do-reino por causa da fusariose na década de 70 os imigrantes japoneses começaram a plantar cacau, que ganhou destaque e fez de Tomé-Açu o 6º maior produtor do estado. Sendo que quase 100% de todo o cacau produzido em Tomé-Açu segue o Sistema Agroflorestal, o SAF, tornando Tomé-Açu referência internacional em agricultura sustentável.

Desde 2008 os agricultores nikkeis de Tomé-Açu produzem o cacau fino de qualidade tão alta quanto ao produzido na Venezuela.

Terra da pimenta e a origem do nome
Tomeaçuense é o designativo daquele que nasce no município de Tomé-Açu. Os primitivos de Tomé-Açu contam que nas proximidades existia um índio Tuxaua, da raça Tapuia, da tribo Tembé, que se chamava Tomé, e que era um homenzarrão, o qual na linguagem indígena grande significa Açu, então popularmente o chamavam de Tomé-Açu. Esse nome passou para o maior igarapé da cidade, que até hoje se chama Igarapé Tomé-Açu e, posteriormente passou a ser o nome do município.